A Vida na
Roma Antiga
Em
"família"
Na
sociedade romana as mulheres ocupavam uma posição de maior dignidade que na
Grécia. A mulher, quando casada, era a verdadeira dona da casa, em vez de
permanecer reclusa nos aposentos das mulheres. Ela tomava conta dos escravos e
fazia as refeições com o marido, podia sair (usando a stola matronalis), e era
tratada com profundo respeito, tendo acesso ao teatro e aos tribunais. O
casamento — justum matrimonium —, sancionado pela lei e pela religião, era nos
tempos mais antigos uma cerimônia solene, e resultava da transferência da
mulher do controle (potestas) do pai para o de seu marido (manus). O casamento
tomava a forma de coemptio, uma modalidade simbólica de compra com o
consentimento da noiva. Ele também podia consumar-se mediante o usus, se a
mulher vivesse com o marido durante um ano sem ausentar-se por mais de três
noites.
Teve
início no Século II a.C. um processo de emancipação das mulheres.
Abandonaram-se gradualmente as formas mais antigas de casamento e adotou-se uma
na qual a mulher permanecia sob a tutela de seu pai, e retinha na prática o
direito à gestão de seus bens. Temos notícias de mulheres versadas em literatura. A
freqüência do divórcio aumentou. Podemos ver mulheres inteligentes e ambiciosas
como Clódia, e Semprônia (mulher de D. Júnio Bruto), que participou da
Conspiração de Catilina. Aparentemente as mulheres atuavam às vezes nos
tribunais: "Jurisperita" é o título de uma fabula togata escrita por
Titínio, e Valério Máximo menciona uma certa Afrânia no Século I a.C. como
sendo uma litigante habitual, que cansava os tribunais com seu clamor.

Já em 131 a .C. Q. Cecílio Metelo
Macedônico havia proferido como censor um discurso famoso, mais tarde
relembrado com aprovação por Augusto, sobre a necessidade de aumentar-se a taxa
de natalidade. Cecílio Metelo disse: "Se pudéssemos passar sem uma esposa,
romanos, todos evitaríamos os inconvenientes, mas como a natureza dispôs que
não podemos viver confortavelmente sem ela, devemos ter em vista nosso bem-estar
permanente e não o prazer de um momento" (Suetônio, "Augusto",
89).
As
"Sátiras" de Juvenal mostram-nos a desmoralização de parte da
sociedade feminina. Por outro lado, há evidências na literatura (p. ex.,
Estácio, e Plínio em suas cartas) e em epitáfios, de que os casamentos felizes
não eram raros.
O exemplo
mais marcante é o elogio preservado numa inscrição, presumivelmente de um certo
Lucrécio Vespílio que serviu sob o comando de Pompeu em 48 a .C. e foi cônsul na época
de Augusto (em 19 a .C.),
a propósito de sua esposa Túria. O elogio registra a coragem e a fidelidade de
Túria em meio às aventuras românticas e perigosas com Lucrécio Vespílio, tanto
durante o noivado como ao longo de quarenta anos de vida conjugal.
Aparência pessoal

As
mulheres nobres desfrutavam de um certo prestígio e tinha de pagar especial
atenção pela sua aparência. Sendo que o mais importante era o estilo de cabelo:
muito bem elaborado, com diversos tipos de enfeites, e complementando com
brincos e pulseiras de pedras preciosas, colares ou gargantilhas. Os vestidos
eram sempre longos combinando com um manto bordado com cores variadas.

Maternidade
Nos
textos de Soranus (por volta do século I), lemos que a prática do aborto era
usada naquela época (sempre em casos de perigo para a criança ou a mãe) com o
uso de abortivos. Em comparação com os métodos adotados nos dias de hoje as
mulheres provocavam o aborto de diversas maneiras: apertando os seios
exageradamente, tomando bebidas extremamente geladas, consumindo mel em grandes
quantidades, ingerindo óleo de quinino, inserindo um feixe de palha na vagina
para perfurar o útero, ou tomando certas misturas preparadas com o uso de
vinhos.
O homem

O mundo
dos antigos romanos era dividido em duas macro-categorias: homens livres e
escravos, cidadãos Romanos e estrangeiros ("peregrini").
Os escravos viviam por toda parte, na maioria prisioneiros de guerra e em alguns casos cidadãos livres que eram vendidos para pagar dívidas. Os escravos eram os ideais para serem vendidos. Sem nenhum direito, desempenhavam trabalhos pesados bem como tarefas intelectuais, dependendo do nível de instrução de cada um. E raramente podiam ganhar a liberdade de seus senhores.
Os escravos viviam por toda parte, na maioria prisioneiros de guerra e em alguns casos cidadãos livres que eram vendidos para pagar dívidas. Os escravos eram os ideais para serem vendidos. Sem nenhum direito, desempenhavam trabalhos pesados bem como tarefas intelectuais, dependendo do nível de instrução de cada um. E raramente podiam ganhar a liberdade de seus senhores.
Todos os
cidadãos livres tinham três nomes: o "praenomen" (nome de batismo), o
"nomen" (nome de família) e o "cognomen" (último nome).
Usualmente se vestiam com simplicidade; uma túnica que ia até os joelhos e uma
espécie de sapatilha de cano alto. Em ocasiões especiais vestiam uma
"toga", um manto bordado semicircular feito de lã. Os cidadãos comuns
trajavam uma túnica branca enquanto os senadores, soldados e membros da
cavalaria usavam túnicas com uma púrpura bordada. Esta última também era usada
por homens com menos de 17 anos de idade.
O homem
era o "pater familias", ou o cabeça da família. O conceito de família
tinha grande significado para os romanos: consistia não somente de marido,
esposa e filhos, mas também de avós, netos, e bisnetos. Desse
modo a sucessão familiar mantinha o patrimônio protegido.

Fonte: www.starnews2001.com.br
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